«Há quem diga por aí que só usamos 10% do nosso cérebro, ou 30%...e que se estudarmos muito e o exercitarmos, podemos chegar aos 90%... É tão falso!!! É o seguinte: nós temos um cérebro 100% FUNCIONAL, mas não usamos todas as suas capacidades ao mesmo tempo, como é óbvio: se eu estiver sentada, não estou a usar as pernas, mas elas estão lá e funcionam... Da mesma maneira que se acontecer uma catástrofe qualquer na minha casa, o instinto de sobrevivência do meu cérebro entra em acção...
Não há nada que determine a percentagem que utilizamos do nosso cérebro (já que nem o conhecemos na totalidade).
Há também quem diga que se utilizássemos mais de 90% do nosso cérebro conseguiríamos prever o futuro, mover objectos com a mente... NÃO! Na verdade, se estivermos a utilizar 90% do nosso cérebro temos de, na melhor das hipóteses, estar a correr, a ouvir música, a dar aos braços, a estudar matemática, a memorizar o chão, a contar o número de passos e a dar saltinhos ao mesmo tempo.... Se existem pessoas capazes desses feitos, é porque, como todos sabemos, os cérebros não são todos iguais, e isso não está propriamente relacionado com a percentagem de utilização, mas sim com capacidades sobre-humanas e sobre-desenvolvimento de certas zonas...
Durante a noite é quando o nosso cérebro mais trabalha (o trabalho mental para ele, é como que um descanso). Ninguém sabe porque é que isto acontece. Quando dormimos desligamos todo o mundo físico e o mundo dos sentidos, e ligamos o interruptor do pensamento, dos sonhos, e da actividade cerebral máxima...provavelmente aí também estaremos a utilizar uma grande percentagem do cérebro...
Estes exemplos mostram que existem diferentes situações e contextos em que o cérebro pode estar ou não mais activo, mas não está provado que exista uma percentagem fixa de utilização.
Para comprovar, leiam o livrinho "A Alma está no Cérebro" de Eduardo Punset, ou cliquem no link: How Stuff Works»