Mesmo assim, muitas vezes, o indivíduo assume atitudes opostas às
vigentes no seu grupo social: rejeita normas, revolta-se contra costumes e
tradições, chegando até a adoptar formas violentas de conduta em relação a tudo
o que julga ser autoridade social. Trata-se de comportamentos em que o desejo
de aceitação está comprometido, dando lugar a formas de inconformismo e desobediência.
Em muitas circunstâncias, não é
correcto interpretar de forma negativa o inconformismo. Ser inconformista
não significa apenas ser marginal, ser criminoso, ou ser autor de escândalos em
termos de moral pública e de costumes. Há mesmo casos em que o inconformismo e
a desobediência produzem efeitos sociais mais positivos do que negativos.
Indivíduos que adoptem atitudes
inconformativas assumidas por minorias, são frequentemente objecto de crítica
social, podendo ir desde o sarcasmo á sanção e até á marginalização.
Estes, as minorias, são responsáveis por
gerar inovação. A inovação é gerada através de conflitos, ou seja, quando num
grupo alguns membros discordam da opinião da maioria, apresentando
alternativas.
Entende-se por inovação o facto de o
processo de influência social ser promovido por uma minoria que vise as
mudanças das normas e regras sociais de um dado grupo. A minoria, tenta assim,
alterar ou introduzir mudanças no sistema dominante da maioria.
Mas, para que haja esta alteração ou
introdução de mudanças a minoria necessita de um conjunto de factores que
influenciam a consistência das suas posições.
1. Deve de existir coerência e
consistência mas respostas e nos comportamentos;
2. A união completa dos membros da
minoria, pois uma divisão entre a mesma deixa de exercer influencia sobre a
maioria.
3. Segurança, Convicção e auto-confiança
da minoria ao defender as suas posições;
4. As suas posições devem de ser
descritas de forma clara e firmemente sustentadas.