sábado, 19 de novembro de 2011

Psicoterapias comportamentais

As psicoterapias comportamentais baseiam-se na modificação de comportamentos, sensações, desejos e pensamentos conscientes, de modo a excluir os comportamentos desadaptados ao meio social, como os comportamentos doentios e perturbadores.

Estes tipos de terapias utilizam um conjunto de técnicas e processos para alterar um determinado comportamento ou padrões de comportamentos, que se encontram num estado desadaptado ao meio envolvente do indivíduo.
Na perspectiva das terapias comportamentais, os comportamentos desadaptados não são a origem dos problemas mentais, mas sim os próprios comportamentos, isto é, o indivíduo, ao acreditar e ao ser influenciado com a ideia de que a origem do problema é exterior a ele, como é feito nas outras psicoterapias, ele vai excluir as suas pulsões, os seus desejos e os seus sentimentos interiores, que são na verdade a origem do problema. Deste modo, os indivíduos podem ter percepção dos seus problemas neurológicos mas acreditam que não têm capacidade de corrigir estes problemas, expandindo a existência deste problema. Estas psicoterapias usam determinados princípios behavioristas.

 Algumas técnicas utilizadas nesta modalidade de psicoterapia são: o Condicionamento Aversivo, a Dessensitização Sistemática, a Economia da Recompensa e a Modelação.

O CONDICIONAMENTO AVERSIVO

O Condicionamento Aversivo, ou Terapia da Aversão, é um tratamento que consiste em dar ao paciente uma experiência dolorosa ou desagradável para evitar a dependência de bebidas ou drogas, ou seja, esta terapia costuma ser utilizada para pacientes que tenham por hábito o consumo de bebidas ou drogas, que no final irá produzir um comportamento desagradável evitando o consumo delas no futuro.

Se o paciente tiver por hábito o consumo de bebidas alcoólicas, vai lhe ser dado uma droga que lhe irá produzir náuseas e quando a droga estiver para fazer efeito é oferecido ao paciente, uma bebida alcoólica para que o paciente relacione o estímulo desagradável com a bebida alcoólica.

Sendo assim, a bebida alcoólica vai ser sempre associada a algo desagradável evitando o consumo da mesma.

Síntese elaborada por: Daniel, Fábio e Gonçalo Cruz, do 12º B

DESSENSITIZAÇÃO SISTEMÁTICA
É uma técnica comportamentalista baseada no condicionamento clássico e é utilizada no tratamento de fobias e outros problemas de ansiedade.
            Esta técnica deriva do contracondicionamento, inventado por Mary Cover Jones nos anos 40 do século XX, que era usado para reduzir o medo de uma criança perante coelhos. Inicialmente, apresentou a uma criança a sua comida favorita. Posteriormente, aproximou da criança uma caixa que continha um coelho. A pouco e pouco, as sensações agradáveis causadas pela sua comida favorita começaram a associar-se à presença do coelho, diminuindo assim, o medo que este tipo de animal causava à criança.
            Actualmente, o contracondicionamento foi substituído pela dessensitização sistemática, inventada em 1950, pelo psiquiatra Joseph Wolpe. Esta técnica terapêutica tem duas fases (o relaxamento e a exposição gradual a estímulos fóbicos).
            Numa primeira fase, o paciente aprende a técnica do relaxamento muscular, que lhe permite atingir um estado de calma e tranquilidade até aí desconhecido. De seguida, procede-se a uma exposição gradual ao estímulo que provoca ansiedade e medo. Essa exposição pode ser realizada através da imaginação ou do real, embora seja mais eficiente quando o paciente enfrenta objectos e situações reais. Assim, o processo em geral consiste em submeter o paciente a situações reais ou imaginárias cada vez mais desagradáveis e desconfortáveis.
            Exemplo: A Patrícia tinha fobia de pássaros, o que fazia com que ela entrasse em pânico todas as vezes que saía de casa. Para combater esta fobia, a Patrícia foi falar com um psicólogo que lhe recomendou uma psicoterapia chamada dessensitização sistemática. Nas primeiras sessões houve uma indução constante por parte do psicólogo para que Patrícia conseguisse atingir um crescendo estado de acalmia (1ª fase). Após o psicólogo ter achado que Patrícia estava pronta, pediu para ela dizer as características de um pássaro (notando-se um aumento de ansiedade na Patrícia aquando a descrição). Algumas sessões depois, o psicólogo apresentou-lhe uma pena, incitando-a a tocar na pena e a manuseá-la (estas acções foram extremamente difíceis para a mesma, no entanto há um maior à vontade com a progressão das sessões). Por último, o psicólogo acompanha a Patricia a um parque onde existiam vários pombos. No início, ela procurou protecção mas após o choque inicial houve uma aproximação desta aos mesmos, acabando a sessão com ela a lançar pão aos mesmos. Todo este processo crescente de exposição de Patrícia aos pássaros consistiu na 2ªa fase.
Síntese elaborada por: Gonçalo Miranda, João Lemos  e joão Rui, do 12º B


A ECONOMIA DA RECOMPENSA


Esta técnica é utilizada em pacientes que perdem boa parte das suas aptidões sociais básicas e necessárias ao dia-a-dia, como por exemplo uma saudação.
De acordo com esta terapia, utilizada em hospitais psiquiátricos, sempre que o paciente realizar os comportamentos pretendidos ou desejáveis devem ser recompensados. Esta recompensa não é mais que uma rifa ou senha que depois podem ser trocados por reforços ou recompensas apetecíveis como doces, dinheiro, ida ao cinema, entre outros.
Supondo que o paciente tem medo de cavalos, ele vai observar durante várias sessões de forma progressiva pessoas a lidarem com a situação que ele tem dificuldades, neste caso, cavalos, sem lhes acontecer nada de mal, no final irá ter que fazer o mesmo para provar que ele também consegue lidar com os cavalos.
Esta terapia tem uma taxa de sucesso muito elevada.
Neste processo, o paciente vai desenvolvendo auto-estima para superar as suas dificuldades, ou seja, o paciente acabar por desenvolver crença para conseguir atingir resultados positivos à semelhança do modelo que vai observando ao longo de várias sessões
 



A MODELAÇÃO

Este processo tem como objectivo reduzir ou até eliminar situações que provocam medo ou ansiedade.

A modelação consiste em orientar de forma progressiva o paciente a perder medo ou ansiedade através da observação de um determinado modelo, normalmente pessoas, induzindo o paciente a imitação do modelo devido a ele apresentar facilidade na mesma situação em que o paciente sente dificuldades.

Supondo que o paciente tem medo de cavalos, ele vai observar durante várias sessões de forma progressiva pessoas a lidarem com a situação que ele tem dificuldades, neste caso, cavalos, sem lhes acontecer nada de mal, no final irá ter que fazer o mesmo para provar que ele também consegue lidar com os cavalos.

Esta terapia tem uma taxa de sucesso muito elevada.

Neste processo, o paciente vai desenvolvendo auto-estima para superar as suas dificuldades, ou seja, o paciente acabar por desenvolver crença para conseguir atingir resultados positivos á semelhança do modelo que vai observando ao longo de várias sessões.
Síntese elaborada por:
Joel Neves, nº19
Liliana Costa, nº21
Maria Lóio, nº22
12º B



O que é a psicologia