As psicoterapias humanistas englobam a terapia de Carl Rogers e a de Gestalt.
Para Carl Rogers todos os humanos são naturalmente bons. No entanto, não têm consciência do seu valor, pois apenas o reconhecem através de elogios de terceiros. Quando pensamos não estar à altura das expectativas dos outros, a nossa auto-estima diminui. Podemos, pois, dizer que existe uma dissonância entre o nosso eu ideal (o que desejamos ser de acordo com as expectativas dos outros) e o nosso eu real (aquilo que realmente somos).
Segundo Rogers, a pressão das expectativas sociais tem um papel fulcral na aceitação da própria personalidade, por parte do indivíduo. Quando a valorização do eu ideal é superior à do eu real, frequentemente, e como que uma protecção, as pessoas formam uma falsa imagem de si e é este factor que conduz ao conformismo. As pessoas tornam-se alguém que é, somente, a construção de aceitações e/ou negações da sociedade, mesmo que não se identifiquem como tal.
Ao atingirem um grau de conformismo preocupante, as pessoas que solicitam ajuda confrontam-se com um tratamento que visa que se tornem verdadeiramente conscientes dos seus sentimentos e desejos, através de um ambiente terapêutico acolhedor e de empatia. O terapeuta abdica de um papel directivo ou autoritário, assumindo, ao invés, uma atitude incondicionalmente positiva: ouve atentamente o paciente e encoraja a sua autonomia, bem como evita desaprovar com a sua opinião, fomentando a sua auto-estima e, desta forma, levando-o, sem qualquer género de pressão, a auto-descobrir a própria identidade.
Em suma, pode dizer-se que a terapia de Carl Rogers é uma terapia centrada na pessoa, pois procura criar, sem pressionar ou dirigir o cliente, as condições que tornem possível um real conhecimento e aceitação de si mesmo.
Síntese elaborada por:
Ana Paula Camões, nº1, Ana Luísa Simões, nº2 Ana Teresa Ramos, nº3do 12º B